Viver vale a pena

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Na vida há aqueles momentos nos quais nos deixamos levar por pensamentos que nos empurram para longas reflexões, e um destes instantes nasceu após ler um texto chamado 'O tempo e as jabuticabas' de Rubem Alves.

O tempo passa a cada instante, muitas vezes, sem que possamos avaliar ou perceber que cada minuto é um tempo que jamais poderá ser revivido ou recuperado.

Acredito que tenhamos duas idades: a idade física (cronológica) e a idade da alma. Aos 63 anos, minha alma se imagina com 20 e quando me vejo no espelho, percebo a figura de alguém com algumas rugas e muitos cabelos brancos, que deixou para trás há muito a juventude.

O tempo passa sem parar. E vamos contando os dias, os anos...E vamos felizes comemorando aniversários! E sem sentir, envelhecendo.

Mas, qual o problema de envelhecer? Nenhum. Afinal, pessoas, animais, árvores, flores, envelhecem. Até as estrelas do céu envelhecem. Por que não iríamos envelhecer?

Devemos ter consciência que envelhecer é natural, normal. Sentir-se velho é diferente, é estado de espírito, é a idade da alma.

Precisamos estar atentos à essência da vida, feita de pequenas coisas que agregam valor ao nosso dia a dia. Essas pequenas coisas rapidamente se tornam boas lembranças.

 P.S. De acordo com informações recentes, o texto 'O tempo e as jabuticabas' seria do escritor Ricardo Gondim. É um belo texto que vale a pena conhecer/ler.  

A vida é feita de desafios

A bike e eu

Outro dia li que envelhecer é opcional. Achei uma bela mensagem, extremamente inspiradora. Tem a capacidade de, rapidamente, trazer um sopro de disposição, de motivação, para nos empurrar na busca de planos, projetos, enfim, nos dar a certeza de que podemos fazer tantas coisas! É muito bom!

Pessoas que como eu, com mais de 60 razões para viver, continua a fazer planos: alguns, para hoje, amanhã, mês que vem, ano que vem, cinco anos, dez anos... E por aí vão os planos. Estou tentando fazer planos para quando envelhecer.

Muitas vezes, alguns planos aparecem de repente, pois precisamos nos adequar aos novos tempos, onde a tecnologia chega quase nos atropelando. Ou aderimos e aprendemos, ou ficamos para trás. 

Há quase trinta (!) anos, ao exercer a minha profissão, resolvi acompanhar os avanços tecnológicos, e deixei de lado a máquina de escrever elétrica/eletrônica e investi num moderno computador. Sem curso de informática e só com muita disposição de aprender e coragem. Foi, sem dúvida, um desafio enorme! 

Pois bem. Poucos dias antes do último Natal, falei  que gostaria de ganhar uma bicicleta de presente. O pedido soou estranho para a família, que até zombou um pouquinho: sério? Sim, sério. Nunca tive uma bicicleta, e quando tinha cerca de 12/13 anos conseguia andar 'roubando' a 'bici' do meu irmão mais novo. Mais tarde, há cerca de trinta anos, pegava emprestada uma das 'bici' das minhas filhas. Elas cresceram, as bicicletas foram vendidas e nunca mais andei.

Agora, com a minha bicicleta, estou aos poucos reaprendendo a andar, a me equilibrar. Não é tão fácil como parecia. Mas enfim, é um novo desafio!

P.S. Ter um blog é mais um novo desafio!