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domingo, 1 de maio de 2016

Viagem - Como organizar uma viagem à Europa


Compartilhando uma experiência que deu certo


Foto: Pixabay.com

Em maio de 2014, meu marido, nossa filha e eu decidimos colocar em prática o que tínhamos planejado: viajar por três países da Europa, com a duração de cerca de 22 dias, sem a intermediação/assessoria de agência de viagens. Escolhemos Portugal, Espanha e França e decidimos que Portugal seria nosso ponto de chegada e de partida da Europa. 

Em janeiro de 2011, havíamos ido (meu marido e eu) à França e Inglaterra, através de uma agência de viagens. A experiência foi muito boa, com ótimo atendimento, mas queríamos desta vez, fazer diferente. Sentir uma verdadeira integração aos países que visitaríamos.

Combinamos que os três apresentariam um roteiro de cidades e lugares de interesse. Combinamos ainda que eu ficaria encarregada da 'administração' da viagem, verificando valores das passagens de avião (ida e volta), roteiro e lugares de visita, deslocamentos entre cidades/países, e pesquisando também em relação a valores de alimentação e hospedagem. Combinamos ainda que grande parte do trajeto seria realizado utilizando aqueles trens europeus maravilhosos e velozes (sonho dos três).

Minha tarefa começou a ser feita, com minuciosa pesquisa de valores e condições de todos os itens, que eram repassados aos demais, e após a concordância de todos, formalizávamos a compra.

Iniciamos  adquirindo as passagens de avião, pela TAP, ida e volta,  saindo de Porto Alegre/Lisboa e Lisboa/Porto Alegre. Juntamente com a passagem, adquirimos o seguro obrigatório correspondente a 30.000 euros por pessoa (previsto no Tratado de Schengen). Adquirimos em junho/2014 para viajar em novembro/2014

Planejamos conhecer alguns lugares históricos, visitar palácios, museus, shoppings, lojas conhecidas, passear pelas cidades de ônibus, a pé, de metrô, enfim, nos integrar à população. Tínhamos que ajustar o itinerário de tal forma que pudéssemos conhecer duas feiras imperdíveis: El Rastro, em Madri, que acontece aos domingos, e a feira da Cours Mirabeau, em Aix-en-Provence, na França, e que acontece aos sábados.

A organização do roteiro realmente não foi nada fácil, observando chegadas e saídas de cada cidade, passeios, chegar a tempo de desfrutar das feiras, os cuidados na escolha dos locais de hospedagem e os serviços oferecidos.

Em relação aos locais de hospedagem, optamos por alugar apartamento, que oferecesse alguns itens que consideramos importantes: metrô próximo, aquecimento (lá era inverno - novembro/dezembro), cozinha equipada (microondas, fogão, refrigerador, louças - o que ajuda a baratear as refeições), banheiro privativo com chuveiro e secador, wi fi gratuita, e se necessário, elevador (para evitar por exemplo, subir 5/6 andares carregando malas).

Saímos do Brasil, com as passagens ida e volta compradas, os apartamentos reservados, os percursos de trem adquiridos: Lisboa/Madri; Madri/Barcelona; Barcelona/Aix-en-Provence. 

Deixamos para comprar lá, os trajetos Aix-en-Provence/Paris que também foi de trem, e Paris/Lisboa que optamos por fazer de avião.

Como resultado desta experiência que consideramos muito boa, destaco alguns cuidados para evitar dissabores:
  • ao adquirir as passagens aéreas, comprar diretamente da empresa (no caso compramos direto da TAP pelo site), observar horários e se há tempo de espera longo em algum aeroporto (o ideal, se houver, é que seja no máximo, 3 horas).
  • verificar se o país a ser visitado faz parte do Tratado de Schengen (a maioria dos países europeus fazem parte) e aí é exigido o seguro obrigatório (no nosso caso, 30.000 euros por pessoa - valor da cobertura, e o valor pago foi de cerca de R$300,00 juntamente com a primeira parcela da passagem). Este valor é contratado pela viagem e não por país, ou seja, não importa se você vai viajar por um único país ou por cinco/seis; 
  • observar que a documentação exigida para o ingresso no país esteja em dia, passaporte válido, comprovante de trabalho/ocupação no Brasil (se aposentado, provar essa condição através de um comprovante de pagamento), comprovante de hospedagem, comprovante de retorno ao Brasil (passagem de volta);
  • verificar se há necessidade de visto e de vacina para o ingresso no país (no caso de Portugal, não há). Por cautela, fiz contato com o Vice Consulado de Portugal através de e-mail, que gentilmente repassou todas as informações necessárias;
  • preferentemente, sair do Brasil com as hospedagens contratadas, respeitando horários de chegada e saída. Alguns lugares dispõem de guarda volumes, onde se pode deixar malas sem qualquer custo (para o caso de chegar, por exemplo, às 8 horas e o quarto/apartamento só estar disponível às 11 horas, ou o contrário, desocupar o local às 12 horas e o próximo embarque ser às 20 horas). Para as hospedagens utilizamos o Booking (booking.com), que assessora antes, durante e depois da utilização do local, oferecendo um serviço muito bom;
  • adquirir com antecedência os trajetos de trem; no nosso caso, chegamos à Lisboa já com as passagens adquiridas para os percursos Lisboa/Madri; Madri/Barcelona; Barcelona/Aix-en-Provence, que foram adquiridas da Raileurope. Os preços são bem mais baratos do que comprar na hora de embarcar (a não ser que seja alguma promoção);
  • viagens de trem são confortáveis, rápidas (sem necessidade de estar com antecedência como nos aeroportos), sem check in, sem ficar esperando pela liberação de bagagens, e na maioria dos lugares, nos deixam no centro da cidade. Há necessidade sim, de apresentar o bilhete ao agente e respeitar o tamanho das malas. Viajamos na segunda classe (mais barata) e que é ótima, com muito conforto. Sobre viagens de trem, nos valemos das informações da Ana Fernandes (dicasdefrances.blogspot.com.br) que desfaz todas as dúvidas sobre a utilização desse meio de transporte pouco utilizado no Brasil;
  • hospedagem em apartamento ou apart hotel, permite o preparo das refeições como café da manhã e jantar, o que termina por baratear despesas com alimentação. Além disso, como queríamos uma perfeita integração aos lugares, esta era uma forma de fazer as compras diárias como café, leite, frutas, pão, manteiga/margarina, geléia, massa, arroz, carne, etc. Assim, conhecemos e frequentamos mercados, fruteiras, nos integrando ao dia a dia dos locais. 
  • Uma boa forma de conhecer as principais cidades é a utilização dos ônibus turísticos (aqueles vermelhinhos de dois andares) que por um preço acessível permite a compra do bilhete para utilização o dia todo, permitindo que se desça e suba várias vezes, sem nenhum acréscimo. Portanto, se gostou do local, desce e depois embarca no outro ônibus, o que pode ser dali a 1, 2 ou mais horas.
  • Problemas com o idioma? Nenhum. Na França, o país (dos três visitados) com o idioma mais difícil, nos momentos de aperto nos socorríamos no espanhol, italiano, ou no inglês (este por conta do meu marido, que se comunica bem nesse idioma).

Foi uma experiência maravilhosa, gratificante, onde tudo deu certo.

Nas próximas postagens, divididas por países - Portugal, Espanha, França, Portugal - vou comentar sobre cada cidade visitada.

Até mais!
  







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